AVENTURA E LAZER

Para muitas pessoas a Serra do Cipó é um local místico, uma terra de cristais, para outras é local propício para a prática de inúmeras modalidades de esportes radicais, mas não há dúvida, em geral é a beleza e pureza das águas que atraem o maior número de visitantes. Na região, além de toda infraestrutura para receber turistas, destacam-se as ricas festas populares e religiosas, que mantêm vivos o folclore e a tradição do interior de Minas. Um lugar que parece ter saído dos causos antigos aonde a água é pura, o povo é hospitaleiro e o tempo passa devagar.

ROTEIROS DE CICLOTURISMO

Travessia Serra do Cipó de Mountain Bike 

São 179 km de travessia com início em Nova União e término em Congonhas do Norte, divididos em três etapas que cortam parte da Cordilheira do Espinhaço. O trajeto é radical, o cicloturista atravessa cursos d’água com a bike nas costas, transpõe pedras e dá fortes pedaladas nas subidas íngremes, presentes em quase todo o trajeto. As etapas são duras, mas o esforço é recompensador. A travessia é feita em uma das regiões com maior biodiversidade do mundo, as trilhas estão cercadas pelas riquezas do cerrado e campos rupestres e levam às preciosidades da Serra do Cipó como a cachoeira do Véu da Noiva, à paraísos ecológicos como a Lapinha da Serra e a povoados acolhedores como São José da Serra. O cicloturista se encanta com tamanha beleza, diminuiu o ritmo, contempla as belas paisagens e não resiste aos deliciosos banhos de rios e cachoeiras. Uma experiência única que reúne a combinação que os aventureiros mais amam: desafios e natureza.

1. Nova União – Jaboticatubas

O roteiro que liga Nova União a Jaboticatubas é a 1º etapa da Travessia Serra do Cipó de MTB integrando diversas cidades localizadas na região da Serra do Espinhaço. Ao longo do caminho o cicloturista percorrerá trechos tipicamente rurais com autênticas fazendas e vilarejos mineiros. Durante grande parte do percurso, o Rio Taquaraçu margeará a estrada. Próximo a cidade de Taquaraçu o cicloturista encontrará o melhor ponto para um refrescante banho de rio.

2. Jaboticatubas – Serra do Cipó

Segunda etapa da travessia, o percurso que leva o ciclista de Jaboticatubas a Serra do Cipó é feito em quase sua totalidade por estradas de terra estreitas e tranquilas, atravessa 5 rios, passa pelo charmoso Distrito de São José da Serra e segue margeando a Serra da Lagoa Dourada até o Distrito da Serra do Cipó, conhecido nacionalmente por suas belas cachoeiras.

Dica: A primeira parte do roteiro usa a trilha dos Sete Rios, uma das mais bonitas da Serra do Cipó, também é a segunda etapa da Travessia Serra do Cipó de Mountain Bike que sai de Nova União e chega a Congonhas do Norte. Cuidado com o nível das águas, pois nesse roteiro você irá atravessar 5 rios. No final do percurso, um trecho de asfalto sem acostamento. Não deixe de visitar a Cachoeira Grande na Serra do Cipó.

3. Serra do Cipó – Lapinha

O roteiro que liga o distrito da Serra do Cipó a Lapinha da Serra tem como percurso a antiga estrada que levava a Santana do Riacho, atualmente, quase abandonada, com pouco tráfego de veículos. Margeando a Serra do Cipó o ciclo turista adentra em uma vegetação de cerrado e campos rupestres com ocorrências de orquídeas e sempre-vivas em quase todo o trajeto. Após Santana do Riacho, mais 13 km de pedal até a Lapinha da Serra.

Dica: Para muitos a primeira etapa do Circuito Serra do Cipó de Ciclo turismo é uma etapa com uma dificuldade técnica baixa. No entanto, não se esforce demais, pois, a etapa do dia seguinte é a mais dura de todo o circuito. Chegando a Lapinha, não deixe de tomar um banho na Cachoeira do Rapel, visitar as pinturas rupestres e se estiver com tempo, fazer um trekking até o Pico da Lapinha.

4. Lapinha – Congonhas do Norte

O roteiro que parte de Lapinha da Serra em direção a Congonhas do Norte é considerado por muitos o mais bonito e o mais cansativo do Circuito. Em uma estrada de terra abandonada e solo com pedras soltas o cicloturista atravessa a Serra do Espinhaço chegando a 1460m de altitude. A paisagem é de tirar o fôlego, assim como as subidas e descidas do percurso. Prepare-se para muitas travessias de curso d´água.

Dica: Radical é o sinônimo do roteiro que liga Lapinha da Serra a Congonhas do Norte, pouco habitado, com muitas pedras no caminho, subidas e descidas cansativas. O cicloturista precisa estar prevenido. Saia cedo, viaje leve, não se esqueça do alimento. No alto da serra muito vento, portanto, leve blusa corta vento e não deixe de visitar a cachoeira do Bicame.

ROTEIROS DE MONTANHISMO

Santana do Riacho 

A forte subida leva à estátua do Juquinha, que dá boas vindas aos que curtem adrenalina. No distrito da Serra do Cipó é possível vivenciar as principais atividades de aventura existentes. O município abriga um dos mais desafiantes destinos de escalada do Brasil, o famoso Grupo 3 e, ainda, uma das mais radicais cachoeiras para prática de rapel, a cachoeira Véu da Noiva. Trekkings instigantes atravessam caminhos remanescentes do Ciclo do Ouro, como a Trilha dos Escravos e sob o cume de serras e paredões levam a destinos como o paraíso ecológico da Lapinha da Serra. Toda a região é caracterizada por um relevo acidentado, coberto por cerrado e campos rupestres onde bromélias, sempre-vivas explodem-se em cores e, onde cachoeiras e cursos d’água correm por belos paredões e picos que atingem até 1.676m de altitude. Roteiros radicais, marcados por obstáculos e desafios que devem ser realizados por aqueles que dispõem de bom preparo físico.

1. Pico da Lapinha 

Próximo ao pequeno vilarejo de Lapinha da Serra, distrito de Santana do Riacho, o Pico da Lapinha é uma excelente opção para a prática do trekking. A começar pela subida majestosa que chega a 1686m de altitude, segundo ponto mais alto da região. Durante a caminhada vale a pena conhecer a Cachoeira do Rapel com queda de 75m de altura.

Dica: Não se engane com a pequena quilometragem desse percurso. Técnico e difícil a subida ao Pico da Lapinha exige um grande preparo físico do Caminhante. Leve corta vento e lanche. Se der sorte o tempo vai estar limpo para uma foto panorâmica da região. Algumas pessoas começam o trekking às 3h da manhã para ver o sol nascer lá de cima, uma opção para os mais aventureiros.

2. Caminho dos Escravos 

A estrada de pedra remanescente construída por escravos no período colonial para escoamento das riquezas minerais, hoje, denominada Trilha dos Escravos, convida o caminhante a vivenciar um pouco da história daquele tempo e ainda apreciar de um mirante, a bela paisagem do distrito da Serra do Cipó. Ao final da trilha, o caminhante se depara com as águas do Ribeirão Soberbo cuja queda forma a conhecida cachoeira Véu da Noiva.

Dica: Trilha curta, porém difícil, com alto grau de inclinação. A Trilha dos Escravos exige um bom preparo físico do caminhante. Reserve um tempo para banho, uma vez lá em cima, desça nos poços do Ribeirão Soberbo, o segundo é o maior e o mais fundo dos três. Se gostou da Trilha dos Escravos, visite também o atrativo Duas Pontes no caminho para Estátua do Juquinha.